Colaboradores da Grumft são parte de um grupo de mentores com o propósito de contribuir com a educação tecnológica de jovens de baixa renda em São Paulo.
Como parte das atividades do projeto BeTech, na última terça-feira de julho (26/07), estudantes, mentores e empreendedores do projeto incentivado pelo Instituto Seastorm, reuniram-se no escritório da Seastorm, localizado na Vila Madalena.
Cerca de 30 pessoas estiveram presentes no 1º encontro BeTech presencial conduzido por Guilherme Miller, partner da Seastorm Ventures, que apresentou as empresas do grupo. Juliana Dimário, head de pessoas e cultura da Seastorm Ventures e CBYK Consultoria, deu continuidade ao encontro ministrando uma palestra sobre “Comunicação afetiva e efetiva”.
“Poder contribuir para uma sociedade melhor por meio do incentivo e acesso à educação tecnológica, traz muito orgulho e pertencimento, além de desenvolver profissionalmente e pessoalmente cada envolvido no projeto. Uma alegria ver mentor e mentorado lado a lado neste crescimento”, disse Juliana Dimário.
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Como a BeTech insere o jovem no mercado de trabalho?
A seleção de talentos é realizada em parceria com a +1Code e o público-alvo são jovens que já se interessam por tecnologia e demonstram vontade de estudar e aprender.
Após a seleção, o jovem faz vestibular para o curso que deseja em uma faculdade selecionada pela BeTech. O Instituto Seastorm oferece uma bolsa de apoio financeiro e se responsabiliza pelas mensalidades do curso de tecnologia. A única exigência para seguir no projeto é que o jovem tenha boas notas e interesse no seu próprio futuro.
A partir daí, os estudantes tem acesso aos mentores da Seastorm Venture, profissionais de diversas áreas da tecnologia, voluntários do projeto, que têm o compromisso de acompanhar o jovem por seis meses. A cada semestre até a conclusão do curso na faculdade, o jovem conhece um novo mentor.
De acordo com os idealizadores do projeto, o networking construído pelo estudante durante o período da faculdade é fundamental para que, no futuro, esse profissional tenha a possibilidade de conquistar uma boa oportunidade de trabalho.
Além de contato com profissionais experientes, o estudante também participa de palestras e treinamentos da Seastorm Ventures sobre assuntos relevantes para o mercado de trabalho e atividades extracurriculares.
Ao chegar no último ano da faculdade, o estudante é convidado para um estágio em uma das empresas Seastorm Ventures. Ao conquistar o primeiro registro na carteira profissional na área de tecnologia, esse jovem deixa de ser percebido como estudante e tem a possibilidade de seguir sua carreira profissional no grupo ou conquistar novas oportunidades.
O que os estudantes pensam do projeto?
Esse projeto só é possível graças ao engajamento e sensibilidade dos diversos colaboradores voluntários. Muitas vezes, até mesmo uma mochila personalizada e um caderninho podem motivar esses estudantes a reafirmar as suas expectativas e propósitos sobre o futuro.
Rafael de Lima, analista administrativo na CBYK e um dos facilitadores do projeto, conversou com alguns alunos para entender o que eles pensam da iniciativa e qual a diferença que o contato deles com especialistas da área de tecnologia estão fazendo em suas vidas. Os depoimentos foram tão significativos que reafirmaram as nossas próprias expectativas e esperança em um futuro feliz e próspero para todos. Veja alguns:
“Neste um ano de projeto em que participo houveram várias mudanças positivas, a começar pelo apoio de mentores que trabalham na área e passam sua experiência empresarial e de rotinas de trabalho. Com esse apoio consegui entender melhor a lógica de programação, os processos, métodos, as linguagens de programação e consegui desenvolver projetos acadêmicos e obter um ótimo resultado. Sem dúvida alguma estou adquirindo maturidade para ingressar na área tecnológica, visto que, um ano atrás eu não tinha segurança e me sentia um pouco perdida em relação a programação. Para mim foi uma grande virada de pensamento e abertura de visão”, contou Silmara, estudante de tecnologia e aluna BeTech.
“O grande progresso é o conhecimento adquirido. Com a correria do dia-a-dia tudo fica mais difícil, mas mesmo assim eu consegui me empenhar e aprender tudo que foi possível. Ainda não sou um expert, mas aprendi muitas coisas, conheci muitas pessoas e tive a oportunidade de conhecer mais ainda sobre mim mesmo e o quê eu quero para o meu futuro. Objetivos, planos, metas e conquistas foram estabelecidas e realizadas, e tudo graças ao projeto. Claro que essa é uma definição resumida, pois o valor agregado por conta de tudo isso tem afetado cada dia da minha vida, desde o primeiro dia de projeto. A tendência é sempre evoluir e progredir”, disse Daniel, estudante de tecnologia e aluno BeTech.
“Em um ano de projeto muita coisa mudou na minha vida. Cursar uma faculdade em uma área totalmente nova para mim foi e tem sido um desafio muito gratificante. Não só a minha rotina mudou, eu mudei. Sinto-me mais racional, analítica e atualizada. Pude perceber que sou capaz de me adaptar e readaptar. Com um ou dois meses de faculdade tive a oportunidade de entrar no mercado de trabalho (algo que com 3 anos da minha outra formação, não consegui). Oportunidade essa que rapidamente me levou a outras experiências ainda melhores e, consequentemente, teve influência direta na minha qualidade de vida. Tornando o depoimento um tanto mais pessoal, vou deixar um exemplo: há alguns meses eu precisei fazer uma cirurgia delicada na pálpebra do olho e com meu plano de saúde, benefício fruto das minhas linhas de código, eu pude ir no hospital de olhos mais próximo (e bem renomado) e resolver. Quando me dei conta, foi uma emoção muito grande, sei que meu desenvolvimento é protagonista na situação, mas se não fosse o projeto com certeza as coisas seriam diferentes. Portanto deixo aqui registrada minha gratidão e felicidade em fazer parte de algo tão importante, uma real ferramenta de transformação para nós jovens brasileiros”, relatou Carolina, estudante de tecnologia e aluna BeTech.
“O projeto BeTech me deu a oportunidade de ingressar na faculdade e ainda forneceu um mentor para me auxiliar no aprendizado. Cada encontro que eu tenho com esse mentor é um grande aprendizado, onde eu reviso e debato as coisas aprendidas na faculdade, no qual eu falo as coisas teóricas que estou aprendendo e ele me traz a aplicação daquilo no dia a dia. Já faz quase 1 ano e meio que estou nesse projeto e posso ver como foi um divisor de águas na minha vida, continuo aprendendo muitas coisas no projeto e com certeza, o projeto me ajudou a ser um profissional muito melhor”, esclareceu Vinícius, estudante de tecnologia e aluno BeTech.
“Desde que eu iniciei na faculdade, durante esse um ano de projeto, tive mudanças positivas o suficiente pra me deixar um pouco emocionado. Primeiramente, durante minha trajetória eu tive certa dificuldade ao me deparar com um sistema de ensino ao qual eu já não estava mais familiarizado e sentia certa pressão e medo de me sair mal e perder a oportunidade que eu estava tendo. Mas felizmente a minha mentora me ajudou muito a me organizar melhor, me passar crenças e pensamentos que me deixaram mais confiante e, por fim, consegui me ajustar ao ritmo de ensino (ainda estou me ajustando aos poucos, porém com um progresso significativo em relação ao começo). Hoje me encontro bem mais confiante e tenho plena certeza de dar o meu melhor em todas as situações. Em segundo lugar, o contato com as matérias e o conhecimento da faculdade me deixam feliz, pois descobri que ter acesso a essas informações me dão uma base teórica indispensável. Em terceiro lugar, através da faculdade eu voltei a ter objetivos, metas e sonhos, até mais concretos do que antes. Atualmente sonho em fazer iniciação científica quando possível e ser capaz de me tornar um cientista da ciência da informação e criar métodos, processos e usar dados que contribuam para o meio pessoal e profissional de todos, por último e não menos importante, a bolsa da faculdade tem me ajudado com várias necessidades, como transporte e alimentação, que me tranquiliza muito”, contou Paulo Vinicius, estudante de tecnologia e aluno BeTech.
Como a Grumft contribui com a BeTech?
Como uma das empresas da Seastorm Ventures, a Grumft acredita que a responsabilidade social não é apenas um dever das empresas, mas engajar colaboradores nessas ações torna o projeto autêntico, além de criar uma relação positiva e significativa com a sociedade.
Nesse sentido, alguns de nossos colaboradores mais experientes decidiram se voluntariar e juntar-se ao projeto ampliando a rede de apoio dos estudantes assistidos pela BeTech. As ações realizadas por eles hoje, contribuem para o desenvolvimento pessoal e profissional do próprio mentor, que compartilha conhecimento, desenvolve soft skills e também aprendem com os alunos.
“Eu me senti muito grata com a oportunidade de participar das mentorias na BeTech. Poder contribuir para o crescimento de alguém é uma bela forma de retribuição, pois sei que em minha jornada também contei com a ajuda de muitos amigos. Acredito que ajudei meu mentorando com coisas simples, porém necessárias como organização de tempo e melhorar o foco nos estudos, mas que só se tornam simples com o tempo. Também pude mostrar algumas visões mais técnicas, que ajudou a alinhar as expectativas, estimular e dar ânimo para vencer o dia a dia. Tal ânimo também me influenciou, pois eu mesma decidi começar uma nova faculdade. Se por um lado a de tempo me afastou da mentoria, por outro, quando eu voltar (e voltarei) trará uma melhor visão para contribuir com os mentorados”, contou Denise Balesteros, mentora BeTech e CTO.
“Fazer parte do projeto BeTech tem sido uma experiência incrível e de grande responsabilidade, porque assumir o compromisso de mentorar alguém requer habilidades como passar conhecimento, que é um desafio. Ao longo dessa jornada vejo o projeto entregando grandes resultados e penso que o propósito social de formar pessoas e profissionais para inseri-los no mercado de trabalho, seja em nosso grupo ou fora dele, é essencialmente importante. Vida longa à BeTech!”, disse Henrique Moura, mentor BeTech e frontend developer UI.
“Contribuir como mentor é muito gratificante, pois atualmente o mercado passa por um momento de escassez de profissionais de TI. Hoje as empresas exigem alguma experiência mínima mesmo aos jovens que acabaram de concluir a faculdade, e nem todas têm condições de ensinar. Durante a minha jornada de preparar um pouco mais os novatos, eu tenho a oportunidade de reforçar os meus conhecimentos e aprender muito com o mentorado.
Me sinto feliz de ter a oportunidade de ajudar alguém que está começando a carreira e também percebo que estou contribuindo com o mercado de um modo geral. Mesmo que eu seja apenas uma gotinha no oceano, creio que de gota em gota podemos transformar a realidade de muitos jovens e capacitá-los profissionalmente”, relatou André Simeão, mentor BeTech e desenvolvedor.
“O projeto BeTech é uma iniciativa muito admirável. É um prazer fazer parte deste projeto, afinal estamos contribuindo para a formação de jovens, tanto no âmbito profissional como pessoal. Além disso, é uma honra saber que podemos ajudá-los a fazer a diferença em suas vidas. Realmente é muito motivador e gratificante, sem contar que também aprendemos muito no processo”, contou Bruno Bonanho, mentor BeTech e CTO.
Sobre o Instituto Seastorm
O Instituto Seastorm é uma iniciativa da Seastorm Ventures. Por meio do instituto, o grupo Seastorm tem o objetivo de devolver seu sucesso por meio do incentivo à educação como forma de construir uma sociedade melhor.