Os investimentos em mídia programática atingiram 418,4 bilhões de dólares em 2021 e a previsão é que ultrapasse 493 bilhões em 2022. No Brasil, maior mercado programático da América Latina, os investimentos foram de US$ 3,75 bilhões. A expectativa é que chegue a 7,31 bilhões até 2026.
Embora muitos profissionais de marketing já estejam familiarizados com o termo mídia programática, nem todos têm clareza sobre o que isso significa e, como consequência, deixam de explorar as oportunidades que ela oferece.
Por isso preparamos esta revisão, onde você vai encontrar informações sobre essa indústria. Se você é um parceiro de anúncios da Grumft, seja bem-vindo ao nosso blog. Mas se ainda não é, esperamos que este conteúdo te motive a conhecer nossas soluções exclusivas de programática para publishers e anunciantes.
O que é Adtech?
Antes de entrarmos no assunto sobre mídia programática e todas as suas especificidades, vamos abordar brevemente sobre tecnologia da publicidade, também conhecida como adtech. Afinal, sem ela, nada disso seria possível.
Adtech é um termo abrangente, usado para descrever ferramentas e softwares usados para alcançar o público-alvo, comprar, vender, veicular e medir campanhas na internet.
Devido a complexidade da compra e venda de publicidade online, uma variedade de ferramentas e tecnologias foram desenvolvidas. O objetivo é ajudar anunciantes a comprarem impressões de anúncios e selecionar seus consumidores em milhares de sites e aplicativos que oferecem espaço para anúncios.
Embora a adtech envolva tecnologias que vão além da veiculação, compra e venda de anúncios online, nesse artigo faremos uma revisão resumida sobre mídia programática na internet.
O que é Mídia Programática?
À medida que a tecnologia avança, são desenvolvidas novas formas de publicidade. A mídia programática compra e vende espaço de anúncio de forma automatizada, capaz de conectar uma marca com os usuários na internet e fora dela, por meio de anúncios relacionados.
A mídia programática é um método baseado em inteligência artificial e machine learning (inteligência de máquina). Através de plataformas especializadas, os anúncios são negociados por meio de tecnologia Real-time Bidding (RTB), programática direta ou PMP.
Big data e algoritmos são os principais recursos dessa tecnologia, que relaciona os espaços de anúncios disponíveis em diferentes mídias utilizando os dados dos anunciantes para rastrear o target nos sites e aplicativos. Os dados das campanhas geralmente estão disponíveis em um painel de controle centralizado, onde é possível analisar relatórios e fazer alterações em tempo real.
O que é Ecossistema Programático?
O ecossistema programático consiste em um conjunto de plataformas de tecnologia que alimentam a publicidade online, além dos vários tipos de deals, métodos programáticos de compra e venda e formatos de anúncios.
As plataformas do ecossistema programático estão integradas para que as transações automatizadas aconteçam. Ou seja, as plataformas não operam sozinhas. São os publishers, anunciantes e intermediários que as gerenciam.
Quem pode Usar Mídia Programática?
A mídia programática pode ser usada por todas as empresas que desejam anunciar online e agências de mídia que gerenciam o marketing digital das marcas.
Essa tecnologia é apropriada para quem deseja alcançar determinados subconjuntos de target, usando critérios de segmentação. Os anúncios de mídia programática permitem determinar qual usuário deve visualizar o anúncio, quando e onde. Esse tipo de publicidade causa um impacto muito maior que outros métodos de publicidade devido a possibilidade de personalização.
Quando a Mídia Programática surgiu?
A publicidade evoluiu e continua evoluindo sistematicamente. Especialmente depois que os espaços de anúncios online começaram a ser negociados de forma automatizada.
Antes eles eram negociados individualmente, os preços eram estipulados conforme a observação do mercado, o processo era manual e levava dias para os anunciantes contatar todos os publishers.
Além disso, o direcionamento dos anúncios não era feito com precisão. Ou seja, eles apareciam sem considerar o perfil do usuário.
O primeiro Banner Clicável
O primeiro banner clicável foi veiculado pela AT&T no site HotWired.com. Ele apareceu pela primeira vez em 27 de outubro de 1994. Naquela época, cerca de 44% das pessoas que viram o anúncio clicaram nele.
Mas o primeiro banner clicável não era baseado em mídia programática. Conheça as primeiras empresas e tecnologias que contribuíram e continuam a contribuir para essa evolução.
DoubleClick
O DoubleClick foi o primeiro ad server, lançado em 1996 e comprado pelo Google em 2007. Em meados da década de 90 surgiram as primeiras ad networks. Elas permitiram que anunciantes comprassem espaço de anúncio em diversos sites e aplicativos de forma automatizada.
Os primeiros ad servers surgiram antes de 2000, entre eles estão 24/7 Open AdStream, Advertising.com, Value Click e Zedo. O Google lançou o Google Ads em 2000, mas ainda não foi o início da mídia programática, pois o Google Ads só permite a veiculação de campanhas na rede do próprio Google.
O AdSense foi lançado em 2013. Embora tenha sido uma grande evolução, também não é mídia programática, pois veicula anúncios comprados pelo Google Ads no Display Network Google (GDN).
Embora o Google não fosse o único a veicular anúncios de forma quase programática naquela época, ele saiu na frente devido a popularidade do Google Search, a aquisição do DoubleClick (2007) e Applied Semantics (2003).
Real-time Bidding (RTB)
Entre 2007 e 2010, ad exchanges como Right Media, Google Ad Exchange, Microsoft AdECN, AdMeld, PubMatic, The Rubicon Project e Open X começaram a construir o software RTB, que funcionava como um DSP, um SSP, ad exchange, ou combinando as tecnologias.
A Right Media foi a primeira ad exchange RTB, integrada ao Yahoo Ad Exchange em 2014. Foi nesse período que as plataformas RTB se destacaram por trabalharem junto com as DSPs e SSPs para fornecer acesso a ecossistemas de RTB. Assim, os anunciantes conseguiram impactar seus principais clientes com melhores métricas de engajamento e lucro.
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Plataformas de Tecnologia Programática e Intermediários
Por meio das plataformas de tecnologia programática, publishers, anunciantes e intermediários gerenciam as campanhas online. Isso inclui compra e venda programática, posicionamento de anúncio, acompanhamento de desempenho e otimização de campanha. Muitas plataformas também oferecem ferramentas de edição de criativos.
O que é Ad Server?
Publishers, agências de publicidade e ad networks usam o ad server para gerenciar e executar campanhas online. Eles são responsáveis por decisões instantâneas sobre quais anúncios exibir e exibi-los.
Os publishers usam o ad server para gerenciar inventário e exibir os anúncios vendidos diretamente aos anunciantes, enquanto os anunciantes rastreiam as campanhas publicitárias.
Usando o ad server, é possível agregar todas as informações da campanha em todos os publishers, ad networks e outras plataformas nas quais a campanha está sendo executada.
O ad server coleta e disponibiliza dados como impressões, cliques e outras métricas de marketing digital, além de realizar a segmentação do público, fazer controle de orçamento e limite de frequência.
O que é Ad Network?
Ad network é uma plataforma intermediária entre um grupo de publishers e anunciantes. Elas ajudam os anunciantes a comprar inventário de vários publishers conectados à sua rede.
O termo ad network é usado exclusivamente para se referir à publicidade online. Antes, elas eram responsáveis apenas por coletar o inventário remanescente dos publishers da rede e oferecer um pacote de impressões aos anunciantes por um preço mais baixo do que as vendas diretas. Mas hoje em dia, elas trabalham de forma estratégica, disponibilizando aos anunciantes ofertas exclusivas a preços premium.
Para fazer isso, elas compram antecipadamente o inventário de mídia de diferentes publishers e revendem. Embora o valor seja um pouco mais elevado, os anunciantes são beneficiados com um posicionamento premium e impressões qualificadas.
Ad Network vs Ad Server
Enquanto o ad server gerencia anúncios self service, desde a configuração até o rastreamento e gerenciamento de anúncios, a ad network ajuda anunciantes a encontrar os publishers certos para exibir os anúncios.
São as ad networks que configuram o CPM/CPC/CPL/CPA, coleta o inventário e distribui os anúncios com base em vários dados analíticos. Elas armazenam esses dados em um sistema próprio de rastreamento, produzindo relatórios e gerenciando as publicações.
Dessa forma, as ad networks facilitam a operação de anunciantes, que podem focar na validação de leads, enquanto os publishers podem investir tempo na produção de conteúdo de qualidade. Algumas vão além, como a Grumft, que oferece suporte de tecnologia para websites, otimizando a velocidade da página, melhorando a experiência do usuário, sugerindo posicionamento de anúncio, SEO e mais.
O que é Ad Exchange?
As ad exchanges permitem que anunciantes, agências e DSPs comprem impressões de anúncio, enquanto as SSPs vendem inventário de anúncio no Open Market, sem envolver intermediários. Mas não é só isso, as ad exchanges também operam preferred deal e private marketplace (PMP).
Geralmente, o inventário é vendido por meio do RTB, onde todo o processo é concluído em milésimos de segundos. Enquanto o publisher obtêm o maior valor conforme o preço de mercado, o anunciante pode definir o preço e pagar o melhor valor pelo espaço de anúncio. Para comprar o inventário de anúncio de uma ad exchange, o comprador precisa ser aprovado.
As ad networks e outras empresas de compra de anúncio utilizam as ad exchanges, enquanto anunciantes e agências utilizam DSPs ou tecnologia própria. Através das ad exchanges, os anunciantes podem comprar impressões de anúncio em vários sites sem precisar negociar diretamente com um publisher específico. Embora as ad networks também façam isso, elas compram inventário de diversos publishers e revendem com um lucro maior.
Grandes editoras geralmente também utilizam as private exchanges. Assim, eles podem controlar com mais cuidado quem compra o inventário de mídia e quanto estão pagando, o que torna possível vender para anunciantes específicos ou para as agências com as quais elas tenham um relacionamento mais próximo.
Ad Exchange vs Ad Network
As ad networks são mais eficientes na pré-segmentação de inventário de mídia, mas os pacotes de impressão são menores e o valor um pouco mais alto. Por sua vez, as ad exchanges oferecem aos publisher e anunciantes uma variedade maior de opções de inventário.
O que é Demand-Side Platform (DSP)?
Demand Side Platform (DSP) é uma das tecnologias mais utilizadas e uma das principais fontes de demandas. Os anunciantes utilizam esse software para exibir seus anúncios online. Embora essa plataforma em si não ofereça espaço de anúncio, elas coletam impressões.
Por meio das DSPs, os anunciantes têm a oportunidade de comparar, automaticamente, as ofertas de diversas SSPs, ad networks, etc. O processo de RTB tem influência decisiva no posicionamento da campanha.
O principal recurso das DSPs é que, em vez de comprar inventário de publishers, o anunciante compra a capacidade de alcançar segmentos de público específicos com base nos recursos de segmentação.
O que é Agência Trading Desk (ATD)?
Uma agência trading desk (ATD) é uma tecnologia ou conjunto de serviços fornecidos por uma agência de mídia. Uma ATD realiza o planejamento, compra, gestão e otimização de campanhas de mídia programática.
Para os anunciantes, o benefício é que as trading desks buscam comprar espaço de anúncio a um preço mais baixo em comparação às campanhas realizadas internamente, especialmente porque conseguem atender inúmeros clientes ao mesmo tempo.
Essa era a principal vantagem no passado, pois hoje elas oferecem um serviço completo, como produtos e ferramentas de análise que vão além do planejamento, compra, gestão e otimização das campanhas.
ATD vs DSP
Embora as agência trading desk sejam semelhantes às DSPs, a diferença é que as trading desk oferecem suporte humano, motivo pelo qual cobram suas taxas.
As ATDs contam com especialistas em desenvolvimento de software, account managers e analistas de dados trabalhando para seus clientes. Elas usam uma ou mais DSPs, mas os anunciantes não têm acesso direto ao inventário de mídia disponível.
Geralmente, as ATDs não divulgam o custo real da mídia para o cliente, mas por outro lado, elas assumem o risco de ganhar menos ou mais enquanto entregam a audiência ou os KPIs contratados pelo cliente.
O que é Supply-Side Platform (SSP)?
Uma Supply Side Platform (SSP) é um software que facilita a venda de inventário para os publishers. Ao conectar os publishers em diversas ad exchanges, DSPs e ad networks, elas permitem que eles vendam impressões de anúncio para mais compradores em potencial e definam o valor do floor price de lances para maximizar a receita.
As SSP são capazes de conectar os publishers a diferentes fontes de demanda ao mesmo tempo. Elas fornecem tecnologia e recursos que permitem ao publisher agregar, consolidar e gerenciar as fontes de demanda.
São os próprios publishers que definem as diretrizes de brand safety, categorias e preços. Depois disso, as supply side platforms organizam um leilão considerando todos esses fatores e o maior lance vence o leilão.
DSP vs SSP
Uma DSP permite que os anunciantes comprem impressões de anúncio em sites e aplicativos de diversos publishers de maneira eficiente, enquanto a SSP permite que os publishers vendam o inventário aos anunciantes pelo lance mais alto.
O que é Data Management Platform (DMP)?
Uma Data Management Platform (DMP) é um software unificador, projetado para coletar, organizar e ativar dados da audiência de qualquer fonte, online ou offline.
A DMP é a base do marketing orientado por dados, proporcionando ao ecossistema programático informações exclusivas sobre os clientes, usadas para segmentar anúncios e conteúdo. É ela que transforma as informações brutas do big data em dados utilizáveis.
Para oferecer uma segmentação aprimorada aos clientes, a Grumft está conectada com a Navegg.
DMP vs DSP
A principal diferença entre DMP e DSP, é que o DMP armazena todos os tipos de dados para fins de marketing, enquanto no DSP os dados são armazenados apenas no nível da campanha. Veja outras diferenças:
DMP
- Coleta dados sobre o comportamento dos usuários online e segmenta os dados coletados para uso posterior em campanhas programáticas;
- O proprietário da conta é o proprietário dos dados coletados;
- Permite segmentar dados coletados em perfis de usuários com várias regras de segmentação;
- Não é necessário para iniciar uma campanha programática, mas os dados provavelmente serão usados em uma campanha.
DSP
- Utilizada para manutenção da campanha online;
- Plataforma externa, onde cada usuário possui uma conta e pode adquirir dados de provedores em todo o mundo;
- Permite vender e comprar dados segmentados;
- Necessária para executar uma campanha programática baseada em 2nd- ou 3rd party adquiridos de provedores de dados.
O que é Customer Data Platform (CDP)?
Uma customer data platform (CDP) é um software que consiste em um banco de dados centralizado que tem a capacidade de coletar, integrar, gerenciar e fornecer dados do cliente a outras soluções de tecnologia para personalizar a experiência do cliente (CX).
A CDP coleta e integra todas as formas de dados do cliente com a intenção de criar um perfil de cliente unificado, que pode ser usado para alinhar todos os esforços de negócios em torno de uma única fonte.
As plataformas CDPs podem coletar dados transacionais, demográficos e de comportamento do consumidor para rastrear e analisar as interações do cliente com uma marca ou empresa. Elas foram criadas para gerenciar dados primários, secundários e de terceiros de vários canais diferentes, unir esforços centrados no cliente com foco no marketing, vendas e atendimento em conformidade com os novos regulamentos de privacidade de dados.
Data Clean Room e Mídia Programática
A mídia programática tem o marketing orientado por dados na sua essência, mas desde que a preocupação com a necessidade de proteger a privacidade do usuário começou e foi regulamentada, coletar e compartilhar informações do usuário está cada vez mais complexo e difícil.
Por outro lado, existe a necessidade contínua dos anunciantes segmentar melhor os usuários, o que tem aumentado a demanda por data clean room, projeto em desenvolvimento desde 2019. Afinal, não será mais possível rastrear a atividade do usuário a partir de 2023 por meio de cookies de terceiros.
Data clean room é um ambiente seguro, que respeita e atende totalmente às novas diretrizes de privacidade dos usuários, onde duas ou mais marcas e empresas podem acessar e compartilhar um conjunto de dados, incluindo dados sensíveis, de maneira anonimizada e agregada, sem expor e/ou identificá-los.
Essa nova forma de coletar e compartilhar dados, além de estar em conformidade regulatória, é capaz de fornecer informações agregadas do usuário,criar grupos de público personalizados para melhor segmentação, possibilita a análise de dados e oferece um local seguro para acessar e compartilhar dados agregados. Nesse sentido, a IAB Tech Lab deve lançar sua primeira tentativa nos padrões de sala limpa ainda este ano.
Métodos de Compra e Venda de Anúncios
Se você chegou até aqui, já sabe que a mídia programática surgiu como uma alternativa aos métodos tradicionais de compra e venda de mídia. Todas as plataformas que você conheceu, tem uma função dentro do ecossistema.
Enquanto umas são projetadas para veicular anúncios, outras ajudam anunciantes e publishers a comprar e vender anúncios online. Todas essas tecnologias são impulsionadas pelos processos de compra e venda de anúncios, que podem ser categorizados em tipos diferentes de transações. As principais são:
Transação Manual
Antigamente, os anunciantes enviavam tags de anúncio diretamente aos publishers. Como você já deve saber, nessa época não existiam plataformas tecnológicas envolvidas no processo, não era possível direcionar os anúncios, nem mesmo produzir relatórios. Isso foi solucionado pelos primeiros ad servers, que revolucionaram a publicidade online.
Programática Direta
Também conhecida como programática premium, nesse método de compra e venda de anúncios as transações são intermediadas entre vendedores e compradores e o que importa é a conexão entre eles.
Na programática direta, as transações podem ser intermediadas por meio de private marketplace (PMP), preferred deal ou programática garantida. Geralmente, o acordo inclui um número fixo de impressões, um cronograma de entrega e um preço predefinido.
Preferred Deal
Preferred deal são transações nas quais o publisher concorda em fornecer acesso preferencial exclusivo a um inventário específico em troca de um CPM predeterminado.
Os termos são negociados por meio de uma SSP, o preço é fixo e o pedido de impressão não participa do leilão.
Também é conhecida como programática não garantida, pois o anunciante pode escolher ou não comprar as impressões. Se o anunciante decidir não comprar o inventário de anúncio, o espaço é direcionado para um leilão aberto ou privado.
Programática Garantida
Na programática garantida, o anunciante compra o inventário diretamente do publisher. Nesse modelo, ele compra um número fixo de impressões e o publisher deve entregar a quantidade exata por um preço garantido.
Real-time Bidding (RTB)
O real-time bidding (RTB) é uma tecnologia que permite a compra e venda de anúncios em milésimos de segundos por meio de uma SSP ou ad exchange. Como você já sabe, a SSP é um software utilizado por publishers para vender, automaticamente e em tempo real, impressões de anúncios gráficos, móveis e em vídeo para os compradores em potencial.
Entre esses compradores estão ad exchanges, ATDs, ad networks e DSPs, dando ao publisher maior controle sobre o inventário e a otimização de rendimento.
Portanto, quando um usuário acessa o site ou aplicativo de um publisher, ocorre um RTB e os anunciantes fazem lances no espaço de anúncio disponível. O anunciante que fizer o lance mais alto pelo espaço, imprime a publicidade.
Por meio do real-time bidding, o anunciante segmenta o inventário relevante para suas campanhas. Esse processo ocorre por meio de diversas tecnologias, gerando melhor ROI e eCPMs mais altos. O RTB também permite que o anunciante ajuste os orçamentos em tempo real para otimizar o desempenho dos anúncios.
Private Marketplace (PMP)
O private marketplace (PMP) é um método de venda de anúncios em um ambiente RTB, onde um publisher disponibiliza o inventário apenas para os anunciantes ou compradores selecionados. O inventário é comprado programaticamente, mas tem restrições de preço e acesso definidos pelo próprio publisher.
Programática Direta vs RTB
O real-time bidding não é diferente nem idêntico a programática direta, ele faz parte da mídia programática. Porém, a publicidade programática não trata apenas da compra e venda de espaço publicitário, ela tem impacto na automação dos procedimentos de marketing digital.
A mídia programática consiste basicamente em roteirizar ações de marketing e automatização para minimizar a necessidade de ações humanas. O conceito é baseado em automação, onde o principal objetivo é aumentar a capacidade de resposta e reduzir custos.
O RTB é mais uma forma de publicidade programática, onde as DSP e SSP agrega ofertas e solicitações de todos os participantes. É por isso que um anunciante pode segmentar usuários brasileiros mesmo quando eles estão em um site ou aplicativo de outros países.
Amplamente baseada em dados, a programática direta têm a capacidade de impactar com precisão os usuários, proporcionando sucesso às campanhas. Frequentemente, os anunciantes envolvidos no real-time bidding usam programática direta para melhorar a eficiência das campanhas.
Waterfall
A waterfall é usada por publisher para vender o inventário remanescente. O processo acontece quando um publisher não consegue vender o inventário premium, reservado anteriormente para venda direta.
Nesse processo, as fontes de demanda são iniciadas uma de cada vez, classificadas conforme o rendimento histórico médio mais alto para o mais baixo configurado pelo publisher.
Porém, esse sistema de compra e venda não considera o maior lance no momento específico da venda, o que pode levar o publisher a perder o lance mais alto pela impressão.
Header Bidding
O header bidding permite que os publishers coletem, simultaneamente, lances de várias fontes de demanda antes mesmo do ad server carregar outras tags. Nesse processo, um código JavaScript é inserido na seção de cabeçalho de um site ou app para coletar os lances.
O header bidding surgiu devido às ineficiências da waterfall, pois como a maioria dos publishers usam o ad server do Google, que dá preferência aos seus próprios produtos de anúncios. Como isso, outras plataformas de adtech perdiam a oportunidade de comprar espaço de anúncio, mesmo se estivessem dispostos a pagar um valor maior.
Waterfall x Header Bidding
Embora o waterfall e o header bidding sejam semelhantes, no waterfall o publisher vende todo o inventário remanescente, mas ele próprio precisa configurar seus parceiros, além de precisar criar tags de passback.
Isso significa que essa falta de automação exige que o publisher ajuste constantemente o floor price e parceiros. Como o processo é sequencial e os anunciantes priorizados em uma ordem específica, o primeiro lance que atenda ao floor price do publisher vence. Por isso, a concorrência pelo espaço de anúncio é baixa, resultando em uma receita abaixo do que o publisher poderia conseguir.
Da mesma maneira, mas de forma aprimorada, com o header bidding, o publisher consegue oferecer o inventário de anúncio para várias fontes de demanda, antes mesmo que o seu próprio ad server seja acionado. Isso envolve a colaboração de todos os parceiros, empresas adtech e publishers. Esse processo é mais automatizado, a concorrência é alta, pois os anunciantes são todos iguais. Além disso, ocorre em tempo real e o lance mais alto vence o leilão.
Os dois métodos permitem que o publisher maximize a receita de anúncios, mas com header bidding é possível vender o inventário por melhores preços, além de ter maior disponibilidade de impressões.
Métodos programáticos de segmentação
A segmentação programática é fundamental para que as marcas atinjam suas metas com sucesso e desperdício mínimo. Devido ao modelos de atribuição, os usuários podem ser rastreados em várias plataformas, em vários canais, de maneira econômica.
As campanhas de publicidade programática fornecem relatórios e insights de dados mais precisos da conversão, mostrando os preços baseados em custo por lead (CPL) ou custo por aquisição (CPA).
Para isso, o grande público é dividido em grupos menores com características semelhantes. Dessa forma, os profissionais de marketing conseguem alcançar o público com mensagens relevantes, melhorando o desempenho de campanha e a experiência dos clientes.
As melhores práticas para segmentação de público utilizam dados baseados em pessoas para criar segmentos de público personalizados, além da preparação necessária para acompanhar a jornada dos consumidores, mesmo que suas necessidades e circunstâncias mudem ao longo do processo de compra.
Tipos de segmentação programática de público-alvo
Basicamente, você pode segmentar o público-alvo de quatro maneiras principais:
1. Segmentação Demográfica
É o tipo mais comum de segmentação de público e baseado em qualidades como idade, nível de renda, nível de educação, gênero e etnia.
2. Segmentação Comportamental
A agência ou a marca analisa os produtos e serviços que as pessoas compram, seus hábitos ou padrões de gastos, interações com a marca e quaisquer outros tipos importantes de insights relacionados ao comportamento com o objetivo de personalizar as mensagens e incentivá-los a converter.
3. Segmentação Psicográfica
Agrupamento de audiências por seus interesses, crenças, valores, traços de personalidade e outras preferências mentais ou emocionais.
4. Segmentação Geográfica
Segmentação com base no estado, município e código postal, bem como área rural ou urbana.
O que é Modelo de Atribuição?
Como existem muitos estágios envolvidos antes que um cliente compre algo online, o modelo de atribuição ajuda os profissionais de marketing a verificar a importância de diferentes estratégias de publicidade.
Para isso, o profissional atribuiu um crédito ponderado a todos os pontos de contato pelos quais os clientes passam antes de uma conversão ou venda bem-sucedida.
Principais Formatos de Anúncios da Publicidade Programática
O inventário de mídia programática pode criar visibilidade, garantindo brand safety, um ótimo ambiente para anunciantes e a melhor experiência para os usuários. Os anúncios aparecem em sites e aplicativos, segmentados conforme o público e interesse. Dessa forma, o anunciante consegue aumentar a relevância da mensagem e a demanda por seus produtos e/ou serviços ao mesmo tempo.
Embora a mídia programática oferece vários formatos de anúncio, incluindo anúncios de áudio, social media, TV conectada e Digital Out-of-Home (DOOH), que podem ser comprados por meio de várias plataformas, nesta revisão vamos nos aprofundar um pouco mais na publicidade display, video ads e native ads.
Publicidade Display
A publicidade display é a categoria mais popular da mídia programática. Os display aparecem no cabeçalho, no meio do conteúdo ou rodapé de sites e aplicativos, ou nas barras laterais dos sites.
Publishers e anunciantes trabalham com diferentes plataformas para facilitar as atividades comerciais. Enquanto o publisher gera a receita quando a página do site ou app carrega o anúncio, o anunciante aumenta a demanda por seus produtos e serviços.
Geralmente, a publicidade display combina texto, imagens e uma URL que leva a uma landing page. Eles existem em uma variedade de formatos de arquivo (GIF, JPEG, JPG, PNG, MP4 e HTML 5), tipos e tamanhos. Saiba quais são os principais:
Banner Ads
Baseado em imagens com algum texto e veiculados principalmente em websites.
Responsivo
Títulos de texto, descrições e imagens que o algoritmo da plataforma de anúncio usa para inserir, ampliar e alinhar o anúncio em várias combinações. É a plataforma que determina o formato de melhor desempenho para o público especificado.
Rich Media
Existem dois tipos de rich media ad:
- Expressive ad: com vídeo, áudio ou animação.
- Interactive ad: o anúncio abre em tela cheia no dispositivo e permite que o usuário interaja dentro do próprio anúncio.
Formatos Eespeciais
- Sticky ad: permanece visível na página, independentemente da navegação do usuário pelo conteúdo.
- Interstitial ad: anúncios interativos em tela cheia e cobrem a interface do aplicativo ou website. Esses anúncios aparecem entre pontos de transição ou intervalos naturais e podem incluir texto, imagem, rich media e vídeo.
Tamanhos de Display
São muitas variações de tamanhos de display ads. Alguns com melhor desempenho do que outros. Conheça os principais:
- Mobile stick / Mobile IAB (Mobile Leaderboard): 320×50
- Stick Desktop / Desktop IAB (Leaderboard Banner): 728×90
- Mobile / Desktop IAB (Medium Rectangle): 300×250
- Mobile / Desktop IAB (Large Rectangle):336×280
- Desktop IAB (Billboard): 970 x 250
- Desktop IAB (Half Page): 300 x 600
- Desktop IAB (Large Leaderboard): 970×90
- Desktop IAB (Skyscraper): 120×600
- Mobile IAB (Large Mobile): 320×100
- Desktop IAB (Super skyscraper): 160×600
Vídeo Ads
Existem três tipos diferentes de anúncios em vídeo:
In-Stream Video ads: exibidos no player de vídeo, antes do início do vídeo, entre o vídeo ou a pós-conclusão do conteúdo do vídeo. Existem três tipos de anúncios in-stream:
- Pre-roll: aparecem antes que o conteúdo do vídeo comece a ser reproduzido.
- Mid-roll: exibidos entre o conteúdo do vídeo.
- Post-roll: exibidos após a conclusão do conteúdo de vídeo.
Out Stream ads: aparecem entre os artigos, no conteúdo ou como janelas pop-up.
In-Display ads: exibidos nos display ads e pode ser inserido no conteúdo ou em qualquer espaço de anúncio maior, onde o vídeo pode ser incorporado ao display ads.
Native Ads
Os native ads (publicidade nativa, em português) permitem personalizar a aparência dos anúncios combinando as páginas da web. Na publicidade nativa, os anunciantes usam uma DSP para selecionar o inventário e veicular os anúncios. Enquanto os publishers disponibilizam os espaços por meio de uma SSP.
Vantagens da Mídia Programática
Sem dúvidas, um dos maiores benefícios da mídia programática é o tempo possível de economizar e sua incrível capacidade de segmentar o target desejado.
Mas não é só isso! Confira outros benefícios da mídia programática para publishers e anunciantes:
Para os Publishers
- Forma simplificada de vender inventário;
- Oportunidades de colaboração com anunciantes;
- Relevância do usuário devido aos recursos de segmentação demográfica do canal programático;
- Vendas e posicionamento rápidos e eficientes, aumentando as margens de lucro do publisher.
Para os Anunciantes
- Maior eficiência dos anúncios;
- Custos gerais de publicidade reduzidos;
- Capacidade de otimizar e segmentar o público certo em tempo real;
- Maior ROI;
- Aproveita um conjunto de dados first-, second- and third-party;
- Criar campanhas eficazes em vários dispositivos;
- Coleta maiores insights de dados para entender os clientes;
- Escalabilidade;
- Reduz o tempo de lançamento da campanha.
Pensamentos Finais
Em suma, a mídia programática evolui ano a ano. Milhares de publishers em todo o mundo utilizam esse método para gerar receita em seus sites e aplicativos. Enquanto anunciantes e agências conseguem aumentar a relevância da mensagem publicitária e a demanda por seus produtos e serviços.
Hoje, a mídia programática é acessível e está disponível para marcas e publishers de todos os tamanhos. Além disso, os sites e aplicativos estão cada vez mais rápidos e os smartphones são ferramentas essenciais no dia-a-dia das pessoas.
Conforme o gasto anual com anúncios aumenta, é provável que essas empresas aprendam mais sobre a compra de mídia programática. Elas também terão mais confiança no conceito para que possam usá-la com mais frequência em suas compras de anúncios.
Com o parceiro certo de anúncio, o formato adequado e a metodologia de segmentação correta, a mídia programática pode alavancar a sua estratégia. Se você quer experimentar a mídia programática e comprovar a sua eficiência, conte com a Grumft para apoiá-lo nessa jornada.