Saúde mental, física, bem-estar e cultura tecnológica na Grumft


saúde mental

As discussões sobre saúde mental não devem se limitar ao mês de setembro, mas o Setembro Amarelo desempenha um papel fundamental na atenção ao sofrimento psíquico.

Por isso entramos nessa campanha e criamos esse artigo. Ele vai te ajudar a entender como a Grumft trabalha essa questão, que até pouco tempo era alvo de muito preconceito em nossa sociedade. Saiba também como abordamos a normalização dentro da cultura tecnológica da empresa.

O que é saúde mental?

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a saúde mental é um estado de bem-estar mental que permite que as pessoas lidem com o estresse da vida, percebam suas habilidades, aprendam e trabalhem bem e contribuam para sua comunidade. 

É um componente integral da saúde e do bem-estar que sustenta nossas habilidades individuais e coletivas para tomar decisões, construir relacionamentos e moldar o mundo em que vivemos. A saúde mental é um direito humano básico, crucial para o desenvolvimento pessoal, comunitário e socioeconômico.

Saúde mental é mais do que a ausência de transtornos mentais. Existe em um continuum complexo, que é experimentado de forma diferente de uma pessoa para outra, com vários graus de dificuldade, angústia, resultados sociais e clínicos potencialmente muito diferentes.

As condições de saúde mental incluem transtornos mentais e deficiências psicossociais, bem como outros estados mentais associados a sofrimento significativo, prejuízo no funcionamento ou risco de automutilação. Pessoas com problemas de saúde mental são mais propensas a experimentar níveis mais baixos de bem-estar mental, mas isso nem sempre ou necessariamente é o caso.

Campanha Setembro Amarelo 2022: a vida é a melhor escolha! 

De acordo com a última pesquisa realizada pela OMS em 2019, foram registrados mais de 700 mil suicídios em todo o mundo, sem contar com os episódios subnotificados, que podem chegar a 1 milhão de casos. No Brasil, os registros se aproximam de 14 mil casos por ano. Isso significa que, em média, 38 pessoas cometem suicídio por dia.

É um dever de todo cidadão atuar na conscientização da importância que a vida tem. É necessário falar sobre o assunto nas empresas e em todas as instituições. Isso pode ajudar as pessoas que estão passando por momentos difíceis buscar ajuda e entender que a vida é sempre a melhor escolha.

A informação é a melhor forma de ajudar o próximo na luta contra esse problema tão grave. É muito importante que as pessoas próximas saibam identificar que alguém tem pensamentos suicidas, escutar ativamente e sem julgamentos. Se mostrar disponível, demonstrar empatia e levá-la para um médico psiquiatra é a melhor maneira de salvar essa pessoa.

Como a Grumft investe na saúde mental, física, bem estar e cultura tecnológica

Há algum tempo, a Grumft adota políticas de gestão de saúde e investe em iniciativas que proporcionam bem-estar e qualidade de vida aos colaboradores. Sob a gestão da área de Recursos Humanos, a empresa considera o ser humano em todos os aspectos importantes de sua vida. Nesse sentido, a flexibilidade tem papel importante.

Dentre as ações que procuram produzir equilíbrio entre vida pessoal e profissional existe a possibilidade de home office e horários flexíveis. Dessa forma, a Grumft respeita as individualidades e as diferentes expectativas de bem-estar.

Ambientes de descompressão

Para garantir uma jornada de trabalho produtiva, colaboradores motivados e saudáveis, a Grumft cuida para que as pessoas sintam-se felizes, seguras e participativas. Para isso, adotamos as áreas de descompressão, transformando a empresa em um local acolhedor, com ambientes criativos.

Dessa forma, conseguimos quebrar o ritmo de produção contínua, ajudando o colaborador descansar, ter momentos de descontração e conversar com os colegas. O projeto arquitetônico inclui móveis, decoração, iluminação, grafites, jogos, música e frutas. Esses ambientes também suportam reuniões mais informais ou trabalhos individuais.

Com esses ambientes, temos o objetivo de valorizar as pessoas, reduzir faltas ao trabalho, melhorar a concentração, criatividade e integrar a equipe. Também promovemos encontros semanais para os colaboradores que trabalham no modelo híbrido. No final do expediente, todos são convidados a participar de um happy hour com petiscos e bebidas para comemorar as tarefas realizadas.

Os colaboradores que moram em outras cidades e estados participam de bate-papos online e são convidados a vir para São Paulo e participar dos principais eventos que realizamos em datas comemorativas, festa de fim de ano e outras comemorações.

Saúde mental

Por meio da plataforma Psicologia Viva, a Grumft conecta seus colaboradores com psicólogos, nutricionistas e médicos. Dessa forma, conseguimos democratizar o acesso ao atendimento psicológico a qualquer hora, de qualquer lugar.

Ao promover a saúde mental com ética e responsabilidade, temos o objetivo de reduzir afastamento do trabalho por demandas emocionais e zelar pelo bem-estar do nosso bem mais precioso, o capital humano.

Quando atuamos dessa forma internamente, esperamos contribuir no desenvolvimento das próprias forças e recursos pessoais do colaborador, para que ele consiga alcançar resultados positivos e melhor qualidade de vida. Entendemos que facilitar o acesso ao processo terapêutico também contribui com a educação da sociedade quanto à importância da saúde mental.

Saúde física e bem-estar

Com o intuito de flexibilizar o dia a dia dos colaboradores, a Grumft também promove a saúde física e o bem-estar da equipe por meio do Gympass. A plataforma oferece acesso a mais de 50 mil academias e estúdios conveniados, mais de 700 atividades e os melhores aplicativos de bem-estar.

Os estabelecimentos estão espalhados em todo o Brasil e no exterior. Ao aderir o plano, o colaborador tem direito a um acesso por dia, sete dias por semana, nas academias conveniadas. Além disso, a plataforma também promove campanhas de saúde mental e bem estar, disponibilizando materiais para que usuários se informem ou se aprofundem sobre o tema.

O que dizem os especialistas?

Segundo Amanda Marone, Head de RH da Grumft, o movimento da Produtividade Sustentável é pra todos. Ela considera as campanhas como Janeiro Branco, Setembro Amarelo e Maio Verde fundamentais para o letramento de toda a sociedade sobre o que os excessos podem provocar.

Para Amanda, só com diálogo é possível construir um ambiente seguro psicologicamente e evitar situações como a que chocou muita gente no último 22 de agosto, quando um jovem  estagiário do escritório de  advocacia Mattos Filho tentou suicídio.

“Senti muita tristeza com a notícia da tentativa de suicídio do jovem estagiário. Primeiro, porque quem tenta o suicídio não quer se livrar da vida, quer se livrar de uma dor. E o rapaz não encontrou outro caminho para resolver o que o estava afligindo. Segundo, os excessos de trabalho podem levar qualquer pessoa, de qualquer idade, ao diagnóstico da síndrome de burnout. Terceiro, ideias suicidas são muito comuns em quem tem burnout.

Eu não sei se ele estava vivendo a síndrome de burnout ou não. Mas sei que vivemos em um contexto corporativo de fazer sempre mais com menos, mais em menos tempo, que descanso é associado a pessoas fracas ou que não estão comprometidas e que quem não tira férias é visto como “mais engajado”.

Sei também que eu recebo mensagens de conhecidos e desconhecidos mencionando que alguém próximo cometeu suicídio. E o número de jovens está aumentando. Sei ainda que, infelizmente, muitas pessoas em começo de carreira excedem seus limites porque acreditam que isso é sinônimo de competência, comprometimento e que podem crescer trabalhando por duas ou até mais pessoas.

Não é porque o escritório é famoso e o rapaz é jovem que a notícia se espalhou rapidamente. O que aconteceu ali acontece em muitos lugares e muitas pessoas se reconhecem no desespero da situação”, contou.

O que fazer quando um colaborador revela uma condição de saúde mental?

Quando um funcionário revela que tem um problema de saúde mental, pode ser difícil saber como lidar, mas como o gestor responde ajuda a humanizar a empresa e também na recuperação do colaborador. Por isso, é importante ter em mente que o funcionário provavelmente precisou superar medos e pensamentos antes de conversar com o gestor sobre esse assunto.

Para ajudar nessa questão, conversamos com a Drª. Marília Bazan Blanco, psicóloga, especialista em estresse pós-traumático e membro do corpo docente da Universidade Estadual do Norte do Paraná.

Segundo Marília, é importante valorizar o esforço do colaborador por compartilhar a sua condição, oferecer algum tipo de apoio e acolhê-lo. A profissional também ressalta que para ouvir a pessoa é necessário manter a mente aberta e não fazer julgamentos, pois cada pessoa tem a sua singularidade, que precisa ser respeitada nesse momento. “Cada situação é única, os colaboradores agem de maneiras diferentes e não existe uma única abordagem nessas situações. Mas de modo geral, o importante é acolher o colaborador, mostrar que se importa com a sua condição e está ali para ajudá-lo, naquilo que for possível enquanto gestor. Não julgar e nem fazer interrogatórios desnecessários”, explicou.

Pontos de atenção

Outro ponto importante da conversa é dizer ao colaborador o quanto você o apoia mas não se esquecer das suas limitações enquanto gestor.  “Evite prometer ajustes na função, carga horária ou cronograma que não poderão ser cumpridos ou que possam trazer outros prejuízos para a empresa. É importante saber as expectativas do colaborador quanto a essa conversa, mas deixar claro quais são as suas limitações, também, enquanto gestor.  

Segundo a profissional, em conversas assim, trazer exemplos pessoais ou de outras pessoas próximas nem sempre é benéfico. “Pode ser que compartilhar uma história pessoal ajude a acolhê-lo, mostrando que outras pessoas também passam por situações semelhantes, mas dependendo do desfecho da história, isso pode desmotivá-lo ou preocupá-lo ainda mais. O ideal seria mostrar empatia sem se referir a um caso específico”.  

Segundo Marília, não tem como presumir sobre o que o colaborador está passando ou até que ponto isso está afetando o trabalho.“O gestor precisa ter em mente que as pessoas são diferentes, entendem e enfrentam seus problemas de modo diferente. O que eu sinto e a minha maneira de agir frente a uma situação que julgo difícil é diferente da outra pessoa”, explicou. 

Outro ponto fundamental é manter a confidencialidade, mas indicar a necessidade de informar ao RH . “Levar o assunto ao RH garante ao colaborador proteções legais, bem como o acesso a todos os recursos que a empresa oferece para ajudar com a condição”, explicou. “No entanto, o gestor precisa manter a ética e não falar sobre o caso com outras pessoas para evitar comentários e julgamentos desnecessários”.

Finalizando,  Marília esclareceu que não é papel do gestor ser médico ou terapeuta do colaborador e não se deve tentar resolver o problema sozinho. “O gestor precisa trabalhar com o RH e com o colaborador para encontrar as soluções possíveis e não assumir a responsabilidade toda para si ou fazer orientações e indicações para as quais não possui formação adequada. Caso o colaborador aceite, o RH poderá auxiliá-lo quanto aos serviços e possibilidades que a empresa oferece. “É importante que, nesse momento, ele receba ajuda profissional adequada”, concluiu.

Sobre a campanha Setembro Amarelo

Criada em 2014 pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM), o Setembro Amarelo é a maior campanha anti estigma do mundo.

O dia 10 de setembro é, oficialmente, o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, mas a iniciativa acontece durante todo o ano.

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